Conheci a banda com a ajuda do SeeD, um tipo fixe do #rpg, nos tempos do irc. Apresentou-me ao Metropolis Pt. 2: Scenes from a Memory, album que comprei, possivelmente um dos primeiros que comprei por vontade própria e ao meu gosto.
Depois demorou algum tempo até ouvir o resto, mas sempre fui acompanhando a banda.
A mensagem principal que tiro deles é um pensamento que lhes consta embebido nos albuns. O que se segue são extractos de várias músicas deles.
'Seize the day and don't you cry, Now it's time to say good-bye Even though I'll be gone, I will live on, live on.'
'Go and tell the world my story, tell them about my brother, tell them about me...'
'So many years have passed Since I proclaimed My independence My mission My aim And my vision So secure Content to live each day like it's my last It's wonderful to know That I could be Something more than what I dreamed Far beyond what I could see Still I swear that I'm Missing out this time'
'If I die tomorrow I'd be alright Because I believe That after were gone The spirit carries on'
Este evento deu-se na noite de 7 de Maio de 2009, na altura da viagem ao Lux.
Os personagens: um bartender com ar novo, e Geraldo Nascimento, com 25 anos feitos a 3 de Maio recente.
O local: o segundo piso do Lux, onde se ouve uma faixa de pouca qualidade. O ambiente decora-se com bancos almofadados e luzes de cores quentes.
Entra Geraldo em cena, que depois de pedir conselhos sobre o que deve beber a Ribeiro, se dirige ao bar:
Geraldo - Um absinto verde. Bartender - Han? Geraldo - Um absinto verde. Bartender - Han?! Geraldo - Um absinto verde. Bartender - Um absinto...? Geraldo - Verde. Bartender - O absinto é verde! Geraldo - Então é isso! Bartender - E o que misturo? Geraldo - .... Geraldo - .... Geraldo - O que fica melhor? Bartender - Maracujá, ... Geraldo - Maracujá!
Depois de pagar os seis euros de papel, Geraldo conta o evento a Ribeiro:
Geraldo - "O absinto é verde!" "Então é isso!", disse eu! Ribeiro - O gajo é burro, há absinto branco e preto, e o preto é ilegal!
Depois de assistir aos Mastodon duas vezes (uma vez a abrirem o terrível concerto de Tool no Pavilhão Atlântico há uns poucos anos, e outra no Super Bock Super Rock do ano seguinte), pensei que se resumiam a música pesada, complexa e muito difícil de ouvir, porque o estilo deles consiste em criar melodias interessantes e depois, a meio, começarem a tocar outra música completamente diferente e que estraga tudo.
Quando vi este Crack the Skye à venda, pensei que era mais do mesmo, mas a capa é tão interessante (vê-se logo que é um concept album) que quis ouvir. E lá comprei. E o raio do album é espectacular.
A história trata dum tetraplégico que experiencia o mundo através de projecção corporal (out of body experiences), e volta atrás no tempo até aos tempos do Rasputin, e comunica com ele. E o resto não sei mais, porque as letras não são mais explícitas que isto. Sei que a grande influência do tema tenebroso do album é o suícidio de há muitos anos da irmã de um dos quatro Mastodontes, irmã essa cuja fotografia aparece quase escondida na capa interior do cd.
Estão portanto a meter-se em território dominado por Tool. Metafísica, ciência quântica (ahn?!) , experiências paranormais, a procura por um sentido da vida e traumas de familía. E a surpresa é que se safam muito bem.
O album tem 7 músicas e são todas boas. Mantém a complexidade e a técnica típica de Mastodon, mas a cantoria partilhada entre três e com apoio de um guest singer reduzem os gritos dos outros albuns ao mínimo, e a experiência é muito mais suave.
Caso oiçam alguma vez isto (podem ouvir na fnac, o album saiu em Março e eles têm lá os fones com este album ja lá metido), oiçam a primeira música com atenção, a segunda também, a terceira deixem para depois, metam a quarta e dps saltem para a sétima, The Last Baron. Não se arrependem.
Quando não posto no blog é porque não me vem nenhum tema à cabeça, e não quero tar a postar só por postar.
Mas há sempre um bom tema.
Surge quando menos se espera.
Principalmente depois de uma altura bem passada e até, pode dizer-se, alegre.
É a altura em que os tapetes atacam. Essas coisas que não servem não sei para quê, que ficam no chão quietinhos à espera, à espera, que alguém incauto os remova do sítio sem querer, ao movimentar-se relaxadamente e sem pensar constantemente naquilo que os seus membros andam a fazer. E lá se vai o tapete.