Odeio a flutuação do estar, o conceito de que todo um bem-estar, estável, toda uma construção criada à volta de crenças obtidas, quer recentemente ou não, uma confiança num futuro risonho, ou num futuro próximo risonho, possa ser abalado, ou se deixe abalar, ou se deixe que o abalem, por pedras "jogadas" da calçada.
Especialmente pela forma como me afecta. Uma espécie de efeito dominó, em que eu sou a última peça, que não tem mais ninguém a empurrar.
Odeio os ses. Odeio que a vida se prenda em ses. Odeio que o bem estar de alguém possa vacilar tão violentamente em tão pouco tempo. Odeio não poder confiar num futuro risonho. Odeio a persistência no problema, e não na solução. Odeio que não se procurem soluções. Odeio que o problema seja de tal forma considerado gravíssimo que se torna na própria vida, e a solução não existe porque o problema já não é visto como evitável, mas como inevitável.
Odeio considerar a vida uma cadeia de problemas inevitáveis. Não o quero. Não o quero para mim nem para ninguém com quem me partilhe.
Quando qualquer impecilho deita abaixo as maiores alegrias, o que esperar da vida?
Não me sinto capaz de fechar-me como uma concha sempre que me deparar com um problema, como este. Hei de desabafar, nem que seja num blog ou num email. As pessoas que gostam de mim não devem ser castigadas por algo de mau, ou algo que eu considero mau, me ter acontecido. Não merecem, especialmente se não o sabem. Especialmente as pessoas que mais gostam de nós. Incondicionalmente.
Monday, June 2, 2008
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